Discricionariedade legislativa e reforma trabalhista: a proibição do excesso e a vedação da proteção insuficiente como parâmetros de contenção do abuso do Poder Legislativo

  • João Otávio Fidanza Frota Advogado
Palavras-chave: Direitos fundamentais, Crise dos Direitos Sociais, Efeito blacklash, Reforma trabalhista, Controle de constitucionalidade, Discricionariedade legislativa, Princípio da proporcionalidade, Proibição do excesso, Proibição da proteção insuficiente

Resumo

O processo gradativo de enfraquecimento do Estado, nos últimos anos, em decorrência das práticas político-institucionais de cunho neoliberal, tem efeitos nefastos sobre os direitos sociais, especialmente do trabalho. O descaso das elites econômicas com as garantias trabalhistas, aliado ao descontentamento com a Justiça do Trabalho, deram ensejo a um processo reacionário que culminou na aprovação da Lei nº 13.4672017 (Lei da Reforma Trabalhista). Ocorre que a vontade do legislador insere-se no jogo democrático e, nesse sentido, submete-se ao controle de constitucionalidade por parte do Poder Judiciário, notadamente sob o prisma da contenção da discricionariedade legislativa. Neste estudo, pretende-se analisar especificamente as reformas promovidas na CLT, em 2017, sob o ângulo do abuso de poder legislativo, em exame guiado pelos princípios da proporcionalidade, da proibição do excesso e da vedação da proteção insuficiente. 

Biografia do Autor

João Otávio Fidanza Frota, Advogado

Graduado pela Universidade de Brasília – UnB. Especialista em Direito do Trabalho e Direito Previdenciário pela PUCMINAS. Advogado. Endereço eletrônico: joaotavio@gmail.com. 

Publicado
2018-06-26
Como Citar
Frota, J. O. (2018). Discricionariedade legislativa e reforma trabalhista: a proibição do excesso e a vedação da proteção insuficiente como parâmetros de contenção do abuso do Poder Legislativo. Revista Do Tribunal Regional Do Trabalho Da 10ª Região, 22(1), 57-72. Recuperado de https://revista.trt10.jus.br/index.php/revista10/article/view/204