A toga de marfim: a elitização da Justiça na literatura brasileira

  • Renato da Fonseca Janon Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região
Palavras-chave: Patrimonialismo, Elitização do Judiciário, Acesso à Justiça, Literatura brasileira

Resumo

A literatura brasileira revela que a percepção da sociedade sobre o sistema judicial sempre foi a de uma estrutura cara, elitista e injusta, que restringe o acesso à Justiça dos mais pobres para assegurar os interesses dos poderosos, perpetuando privilégios que remontam à nossa formação colonial. O Patrimonialismo, legado das capitanias hereditárias, foi incorporado à nossa cultura jurídica, como revela Raymundo Faoro, em “Os Donos do Poder”. O distanciamento ente o Judiciário e o Cidadão pode ser observado nos exemplos extraídos das obras de Machado de Assis, Manuel Antônio de Almeida, Lima Barreto, Monteiro Lobato, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Jorge Amado, Ariano Suassuna , Nélson Rodrigues e Emicida. Textos que revelam a importância de aprendermos as lições da História para não repeti rmos os erros do passado e construirmos um futuro no qual o Poder Judiciário esteja de portas abertas para todos os brasileiros, independentemente da condição social ou da capacidade econômica.

Biografia do Autor

Renato da Fonseca Janon, Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região

Juiz Titular da 1ª. Vara do Trabalho de Lençóis Paulista/SP

Publicado
2021-01-14
Como Citar
Janon, R. (2021). A toga de marfim: a elitização da Justiça na literatura brasileira. Revista Do Tribunal Regional Do Trabalho Da 10ª Região, 24(2), 87-96. Recuperado de https://revista.trt10.jus.br/index.php/revista10/article/view/414