Trabalho e Escola: A aprendizagem flexibilizada
Resumo
Este artigo tem por objetivo analisar a emergência da concepção de aprendizagem flexível, crescentemente incorporada ao discurso e às práticas pedagógicas da educação escolar e da educação profissional. Justificada pela crítica à rigidez de modelos únicos para alunos com diferentes trajetórias e interesses, ao conteudismo, à disciplinarização, a centralidade no professor e ao pouco ou nenhum protagonismo do aluno, apresenta como contraponto a flexibilização dos tempos e espaços de aprendizagem, mediados pelas novas tecnologias; o protagonismo do aluno; a construção colaborativa do conhecimento e a prática docente como organização de conteúdos e produção de propostas inovadoras de aprendizagem. Essa concepção compõe-se de categorias que aparentemente se confundem com as que constituem as teorias críticas, o que remete à necessidade de analisar as bases materiais que a geraram, para que se compreenda suas raízes, e por consequência, os interesses a que serve.